25 outubro 2006

PERIGOS DA DEMOCRACIA

Hoje em dia, não é cuba nem o peru, ditaduras pobres e patentemente ineficazes que constituem um desafio à consciência democrática.
O perigo está nas autocracias do extremo oriente, ultraprodutivas e disciplinadas. Antigamente aceitavam-se as ditaduras de forma quase imediata por pura obediência ao estado; hoje legitima-se a ditadura dos capatazes como caminho para o pleno desenvolvimento. O protesto contra elas é considerado fundamentalismo democrático, pois o importante é que o gato, preto ou branco, cace milhões.

Por isso eu defendo que nenhum estado deve poder reclamar total soberania para fazer o que bem entender... é preciso que se respeitem direitos fundamentais como os direitos humanos e outros que tais. E, desta forma respondendo ao comentário de sua excelência;) ahp, eu não quero espalhar uma utopia nem quis afirmar que deve haver apenas um governo global. A par da questão do patriotismo, que foi o objectivo principal da criação deste espaço e que agora acho melhor alargar os temas deste blog a qualquer assunto político, a minha ideia é defender que os países devem ser encarados como entidades de gestão financeira, naturalmente com as suas politicas próprias, mas o que deve ser global são as politicas sociais por forma a haver maior igualdade de oportunidades para toda a população mundial. Não devemos encarar o estado como a representação, do ponto de vista cultural e de valores, do povo que aí habita. Defendo, como já sabes, a livre circulação de pessoas por todo o território sem as fronteiras tal como conhecemos hoje. O que eu consideraria perfeito é que os países fossem tratados de forma análoga ás câmaras municipais: com alguma autonomia financeira mas essencialmente apenas com liberdade para tomar decisões no campo económico e principalmente sem qualquer tipo de ideologia associada como acontece nos países árabes.

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